O presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2006, Franz Beckenbauer, disse nesta quarta que Ronaldinho será o melhor jogador do Mundial. O dirigente, que participou da inauguração do salão internacional sobre futebol, o PlanetFutbol, declarou que é um entusiasmado fã do brasileiro. O alemão disse ainda que o Brasil é o favorito para ganhar a disputa e repetir o feito de 2002.

O também presidente do Bayern Munique considerou que Ronaldinho é a peça-chave do Barcelona e da Seleção Brasileira, além de afirmar que nunca viu o camisa 10 da equipe espanhola jogar mal. Beckenbauer não duvidou em apontar a equipe treinada por Frank Rijkaard como a melhor da Europa, e declarou que seu jogo o encanta a ponto de se declarar torcedor do time catalão:

– Não vejo nenhum outro clube que tenha jogadores como Ronaldinho, Deco, Messi ou Eto'o – declarou o ex-jogador alemão.

Beckenbauer destaca que Ronaldinho está em um nível acima dos demais porque, para o alemão, seu jogo é incrível, não permitindo que nem o Milan nem o Arsenal – favorito na outra semifinal da Liga dos Campeões com o Villarreal – possam jogar como o Barcelona.

Beckenbauer, que admitiu que o Bayern Munique está negociando a compra de Mark van Bommel do Barcelona, focalizou seu discurso dizendo que o Brasil é o favorito do Mundial, citando a atuação da seleção na Copa das Confederações, no ano passado. O alemão também citou outras equipes favoritas, como a própria Alemanha, Argentina, Itália e Inglaterra.

De qualquer forma, Beckenbauer espera que um dos finalistas seja a Alemanha, para que se mantenha o ambiente festivo, apesar de admitir uma crise na equipe, liberando o técnico Jürgen Klinsmann da culpa.

– O problema começou há cinco anos, fazendo com que nenhum clube alemão dispute uma final européia desde que o Bayern Munique enfrentou o Manchester United na Liga dos Campeões – explicou o alemão.

Beckenbauer anuncia uma festa do futebol em junho, e confirmou que 95% dos ingressos estão vendidos – 3,3 milhões de entradas – e que, embora haja campos com capacidade para 60 mil torcedores, os estádios teriam que ter 200 mil lugares para atender a todos, garantiu o presidente do Comitê Organizador.

O dirigente alemão considerou ainda ser um direito dos clubes que as federações paguem para dispor dos jogadores, e se mostrou convencido de que se chegará a um acordo em torno deste assunto quando os clubes, a Fifa e a Uefa se sentarem para conversar.

AGÊNCIA EFE