Pelo menos um cristão copta morreu e outros 17 ficaram feridos em ataques simultâneos perpetrados hoje contra três igrejas na cidade egípcia de Alexandria, no Egito, às margens do Mar Mediterrâneo, por supostos radicais islâmicos, informou a polícia. Os agressores atacaram com armas brancas os fiéis coptas que saíam de três igrejas nos bairros de Hadra, Flemeng e Sidi Beshr. Pelo menos sete feridos encontram-se em estado grave.

A polícia começou uma operação de busca nas regiões dos atentados para deter os responsáveis. O Ministério do Interior não comentou oficialmente o episódio. Em outubro do ano passado já ocorrera outro ato de violência entre muçulmanos e membros da minoria copta, que formam cerca de um décimo dos 73 milhões de egípcios.

Naquele mês, fanáticos islâmicos atacaram quatro igrejas e mais de 140 lojas de cristãos depois de correr a notícia de que a igreja de Mar Girgis (São Jorge) estava divulgando um DVD que ridicularizava o Islã e o profeta Maomé. Os ataques foram seguidos por distúrbios que deixaram três mortos e 80 feridos quando a polícia agiu contra uma manifestação de 3 mil muçulmanos que pretendiam atacar uma igreja no bairro de Muharram Bik.

As agressões de hoje acontecem depois de as autoridades egípcias libertarem mais de 900 detentos da organização Jama Islamiya (Assembléia Islâmica), grupo responsável pelos mais sangrentos atentados no Egito nos anos 90 e que renunciou à violência em 1998.

AGÊNCIA EFE