| 05/04/2006 17h57min
A deputada federal Angela Guadagnin (PT-SP) entregou há pouco à Corregedoria da Câmara suas explicações sobre seu comportamento no Plenário no dia 24 de março. A parlamentar comemorou dançando a absolvição do deputado João Magno (PT-SP). No documento de dez páginas, a deputada alega que ninguém considerou que ela havia quebrado o decoro parlamentar, e nem mesmo o presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a advertiu naquele momento.
– Por minhas crenças e opiniões, sofri discriminação – afirma ela, no documento.
Na tribuna, a deputada já disse que a atitude é amparada pela Constituição, que assegura a todo cidadão o direito à livre expressão de opinião e pensamento. Segundo ela, a opinião pública não pode ficar a mercê de um sistema de mídia que se outorga o poder de rotular de forma categórica, ao impor o pensamento único e unilateral de maneira autoritária e antidemocrática.
O documento foi entregue em resposta ao pedido de exame do caso feito pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo, à Corregedoria. O corregedor, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou que vai concluir seu parecer e oferecê-lo à Mesa até a próxima semana.
Três questionamentos também foram encaminhados à Corregedoria. Dois deles, de Aldo Rebelo e Jair Bolsonaro (PP-RJ) pediam esclarecimento sobre o ato da deputada, se configura quebra de decoro. O terceiro, do PPS, pediu advertência verbal ou escrita para Guadagnin. Nogueira disse que dará um parecer único para os três documentos.
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