Um acordo fechado com a Justiça Eleitoral não foi o bastante para livrar Marcelino Pies, ex-tesoureiro do PT gaúcho, de envolvimento no valerioduto.

O relatório da CPI dos Correios pede o indiciamento de Pies por crime eleitoral, sonegação fiscal ou até mesmo corrupção passiva. A indicação é do relator Osmar Serraglio (PMDB-PR), mas o texto – que desagrada aos governistas – ainda precisa ser aprovado na CPI e submetido ao Ministério Público.

Na sexta-feira, Pies, o ex-presidente estadual do PT David Stival e o militante Marcos Trindade - que receberam em 2003 um total R$ 1,05 milhão do esquema montado pelo empresário Marcos Valério de Souza - assinaram acordo para a suspensão do processo na Justiça Eleitoral. A acusação era de uso de caixa 2.

Eles terão de doar cestas básicas a uma instituição de caridade da Capital até agosto e se apresentar à Justiça uma vez por mês por dois anos. A decisão, segundo o promotor eleitoral Ivan Saraiva Melgare, não anula os efeitos da CPI.