O Joinville começou com vitória a briga pelo título do Campeonato Catarinense 2006. Neste domingo, dia 2, o tricolor derrotou na Arena o Figueirense por 2 a 1 e ficou a um empate do titulo estadual. A definição do campeão acontece no domingo que vem, dia 9, no Orlando Scarpelli, em Florianópolis, e o alvinegro vai precisar vencer por 1 a 0 para tirar o troféu das mãos do JEC.

Na partida deste domingo, o Figueira jogou com um a menos em campo durante boa parte do confronto – o goleiro Andrey foi expulso aos 21 minutos após segurar a bola com as mãos fora da área. Com isso, o Joinville não teve dificuldades para abrir o placar com Henrique, aos 26 minutos da etapa inicial.

Depois, no segundo tempo, o tricolor ampliou com o lateral Rafael Tesser. O Figueira descontou no finalzinho, aos 44 minutos, com um gol de cabeça do zagueiro Édson.

Para o técnico do Figueirense, Adilson Batista, tem totais condições de reverter a vantagem do JEC:

– Se estivesse 3 a 0 (placar final para o JEC) eu iria acreditar. Teremos um 12º jogador que será importante. Desde já convoco nosso torcedor que será de suma importância – disse Adilson, em entrevista após a partida na Arena.

Fora do jogo decisivo, Andrey vai dar seu lugar para o jovem Dalton, de 19 anos e natural de Chapecó. Dalton chegou ao clube da Capital após uma passagem pelo paranaense Malutrom, em 2004.

Sobre o lance que culminou com a sua expulsão, Andrey disse que teve a intenção de ajudar o time, mas acabou levado o vermelho por uma infelicidade:

– Saí para tentar interceptar a bola do atacante, ela quicou, a grama estava molhada e, no reflexo, eu coloquei a mão na bola. Não sabia se ela iria entrar no gol ou coisa parecida e eu tentei ajudar. Eu acho que o juiz agiu certo (na expulsão) – afirmou o goleiro em entrevista à rádio CBN/Diário.

E a inesperada saída de Andrey na partida abalou o time alvinegro. O meia Fernandes foi sacado para a entrada de Dalton e a equipe demorou para se posicionar corretamente em campo.

Cinco minutos após a expulsão do goleiro, o Joinville abriu o placar. O lateral Rodrigo Ninja acelerou pelo lado esquerdo, deixou Flávio na saudade, e cruzou na medida para o cabeceio de Henrique: 1 a 0.

Três minutos depois do gol, quase que o tricolor marcou o segundo em outra jogada aérea, que resultou no cabeceio perigoso de Flávio Guilherme, defendido por Dalton.

Na etapa final, o Figueira demorou para criar chances de empate e entrou em campo decidido a não levar mais gols. Já o JEC ficou na pressão para ampliar a vantagem no confronto de volta.

Aos 11 minutos, o tricolor esteve perto novamente de anotar. Rafael Tesser, que deve uma boa atuação na partida, passou pela marcação de Fininho e levantou a bola na área para o chute de Flávio Guilherme que, com o bico da chuteira, bateu por cima da meta de Dalton.

Somente aos 17 minutos é que o Figueira deu trabalho para o goleiro William. Soares fez ótima jogada individual e chutou para a defesa do arqueiro tricolor. A sobra ficou com Carlos Alberto, mas o volante alvinegro recebeu em posição ilegal.

Porém, o JEC manteve o domínio da partida e voltou a anotar aos 19 minutos. O lance começou com Ninja, que cruzou na área para os chutes de Flávio Guilherme e Henrique. A bola sobrou ainda para Rafael Tesser, que bateu direto, livre, para dentro do gol.

Nos minutos finais, o Figueirense se encontrou na marcação, principalmente pelas laterais, e conseguiu pressionar o Joinville. Aos 40, Fininho chutou com muito perigo contra a meta de William, que evitou o gol com um toquinho.

No minuto seguinte, Carlos Alberto ajeitou para Soares que errou um gol feito na área tricolor.

Mas foi em um lance de bola parada que o Figueirense diminuiu. Flávio cobrou a falta pela direita e o zagueiro Édson subiu para definir o placar final em 2 a 1, aos 44 minutos.

ANA LETÍCIA DA ROSA