| 28/03/2006 20h30min
A oposição deve centrar fogo no presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, para tentar atingir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a saída de Palocci do Ministério da Fazenda, Okamotto é o novo alvo da oposição. Ele é amigo de Lula e pagou uma dívida de R$ 29 mil do presidente com o PT.
– Não é uma demissão que vai encerrar o caso da acintosa quebra de sigilo. O que está em jogo é a credibilidade das instituições do país. O assunto não está encerrado. Tanto no caso de Okamotto, quanto de Francenildo – disse o líder do PFL, senador Agripino Maia (RN).
A oposição também começa a cobrar pela punição penal do ex-ministro da Fazenda e do ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso pela violação do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa. O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse que Lula é responsável porque escolheu mal seus assessores.
O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), lamentou que justamente o governo de um sindicalista tenha ido tão longe se valendo do aparato do Estado para perseguir um caseiro que denunciou o ministro da Fazenda. Para Virgílio, nem Fernando Collor agiu assim.
– Até onde eles chegariam se fosse algo mais grave do que uma mentira do ministro? Ao assassinato? – indagou Virgílio.
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