A taxa básica de juros (Selic), atualmente de 16,50% ao ano deve cair ao longo de 2006, gradativamente, até atingir 14,25% em dezembro, de acordo com a expectativa média de analistas de mercado. Todas as sextas eles respondem a pesquisa do Banco Central sobre as tendências dos principais indicadores da economia.

Há quatro semanas, os economistas projetavam queda da taxa de juros para 14,50% no ano, mas, em virtude de o Comitê de Política Econômica (Copom) ter reduzido a taxa em 0,75 ponto percentual por três vezes seguidas, aumentou o otimismo quanto a uma queda maior. Tanto que, na pesquisa da semana passada, a projeção já havia caído para 14,38%.

O resultado da pesquisa divulgado hoje no boletim Focus mostra que a cotação do dólar deve ser mesmo de R$ 2,20 no final do ano e projeta cotação de R$ 2,38 no final de 2007, ante estimativa de R$ 2,40 na pesquisa anterior.

No entender dos economistas, o mercado está praticamente parado, sem oscilações significativas. Salvo uma leve melhora na perspectiva de crescimento da produção industrial, que aumentou de 4,11% para 4,21%, sem força, porém, para alterar a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) -- soma das riquezas produzidas no país ao longo do ano --, que é de 3,50% há 47 semanas.

A pesquisa indica, ao contrário, redução da projeção anterior de 3,70% para 3,65% no crescimento do PIB no ano que vem.

Todos os demais indicadores para este ano permanecem estáveis. É o caso do saldo da balança comercial (exportações menos importações), que será em torno de US$ 40 bilhões; o saldo de conta corrente, que envolve todas as transações comerciais e financeiras externas, no patamar de US$ 9 bilhões; e a entrada de investimentos estrangeiros no setor produtivo, projetada em US$ 15 bilhões.