| 23/03/2006 14h10min
A piora no cenário externo no final da manhã fez o mercado financeiro inverter a tendência. O dólar comercial, que vinha em queda desde a abertura, fechou a primeira etapa em alta de 0,23%, a R$ 2,156 na compra e R$ 2,158 na venda.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a subir 0,73% na primeira hora, mas acabou terminando o pregão da manhã em queda de 1,05%, para 37.452 pontos (volume financeiro de R$ 630 milhões).
Os títulos brasileiros, que também estavam em alta pela manhã, passaram a cair. O Global 40 registrava às 13h redução de 0,19%, para 130,38% do valor de face. O A Bond tinha queda de 0,34%, para 110% do seu preço. Há pouco, o risco-país, que mede a percepção do investidor estrangeiro sobre o Brasil, registrava estabilidade (226 pontos centesimais).
– A situação é um pouco mais complicada na Bovespa, que acaba acompanhando as bolsas americanas. Mas no dólar a tendência ainda é de queda. Os fundamentos da economia são bons e o fluxo continua grande – disse João Medeiros, diretor da Corretora Pionner.
Medeiros explicou que no início da semana as acusações contra o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e a possibilidade de alta dos juros nos Estados Unidos acabaram criando desconforto no mercado financeiro, fazendo a moeda voltar a bater R$ 2,17 na venda. Mas ele não acredita que essa situação continue.
Os investidores, no entanto, continuam monitorando os dados externos, principalmente os que podem indicar o crescimento da atividade e a possibilidade de o Banco Central americano aumentar as taxas de juros na reunião da semana que vem.
O número de pedidos de seguro desemprego caiu na semana passada nos EUA. Foram 11 mil pedidos a menos, somando 302 mil, segundo o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos. A revenda de casas nos Estados Unidos subiu 5,2% em fevereiro, para uma taxa anual de 6,91 milhões de unidades, a maior alta em dois anos.
No Brasil, além dos dados de inflação, com a divulgação de mais um índice nesta quinta, a atenção fica para a taxa de desemprego, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, o desemprego subiu para 10,1%, a maior taxa desde maio de 2005, mas também a menor da série histórica para um mês de fevereiro. Divulgado nesta manhã, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 22 de março subiu 0,24%, contra 0,27% na pesquisa anterior.
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