Um total de 166 manifestantes foi detido nos incidentes registrados nas manifestações convocadas no sábado por sindicatos e organizações estudantis na França. Ficaram feridas 24 pessoas, entre elas sete policiais. A maior parte dos incidentes ocorreu na praça parisiense da Nação, lugar onde terminou a manifestação da capital, que reuniu 80 mil pessoas, segundo as autoridades, e 350 mil segundo os organizadores.

Os manifestantes pediam o fim do Contrato de Primeiro Emprego (CPE), uma fórmula imposta pelo primeiro-ministro, Dominique de Villepin, que permite aos empresários despedir os menores de 26 anos nos primeiros 24 meses de trabalho sem qualquer justificativa.

Um grupo de jovens encapuzados, que segundo a polícia não tinha participado da manifestação, começou a lançar objetos contra os agentes antidistúrbios.

Os agentes responderam lançando gases lacrimogêneos, por isso os manifestantes mais violentos se transferiram para uma rua próxima, onde queimaram um carro e quebraram vitrines e cabines telefônicas.

Os policiais dispersaram o grupo, mas não conseguiram evitar que causassem danos materiais em outros lugares da região.

No Quartier Latin, a tensão aumentou quando vários manifestantes tentaram derrubar as barreiras policiais que impediam o acesso à universidade Sorbonne, fechada há mais de uma semana.

Com a ajuda de uma corda, os manifestantes tentaram derrubar a barricada, uma ação que foi reprimida pelos agentes antidistúrbios com canhões de água.

Em outras cidades do país também houve incidentes entre as forças da ordem e grupos violentos surgidos nas manifestações, como em Bordeaux, Lille, Rennes, Nancy e Lyon.

 

AGÊNCIA EFE