Decidida a briga entre o prefeito José Serra e o governador Geraldo Alckmin pela candidatura presidencial tucana, as atenções do PSDB paulista voltam-se agora para a escolha do nome do partido para concorrer ao governo do Estado.

Novamente Serra está no centro da discussão, já que desde a semana passada vem sendo apontado como um possível concorrente ao Palácio dos Bandeirantes. O prefeito já disse a auxiliares que não quer a candidatura, mas há pressão para que ele entre na disputa e tucanos dizem que ele está pensando na possibilidade.

– Ele (Serra) acha que não tem sentido concorrer ao Estado depois de ser preterido para a Presidência. Pode até acontecer de ele aceitar, mas não é a sua vontade – diz um auxiliar do prefeito.

O comando do PSDB está ciente da posição de Serra, mas já considera que ele está menos inflexível.

– É evidente que o prefeito é um ótimo nome, extremamente qualificado. Agora, isso passa por decisão pessoal, passa por conversa partidária – considera Alckmin.

Dos quatro pré-candidatos tucanos, apenas o ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza declarou publicamente que desiste da disputa em favor do prefeito. O vereador José Anibal se mantém firme na briga interna e afirma que a candidatura de Serra não passa de especulação. Os outros dois pré-candidatos, o secretário Aloysio Nunes e o deputado federal Alberto Goldman, já dizem que é necessário pensar no interesse do partido.

Na hipótese de Serra dizer não à candidatura estadual, tucanos entendem que o prefeito terá influência direta na escolha do nome, por ter sido preterido na briga presidencial. Nesse caso, Goldman e Aloysio saem em vantagem, mas a expectativa é de que Anibal insista na disputa.

AGÊNCIA O GLOBO