O mandato do deputado Pedro Corrêa (PP-PE) foi cassado nesta noite pela Câmara dos Deputados por 261 votos a 166. A punição era recomendada pelo relatório do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, elaborado por Carlos Sampaio (PSDB-SP). O atual presidente do PP foi o terceiro parlamentar a ter o mandato cassado desde o início da crise política: o primeira foi Roberto Jefferson e o segundo, o ex-ministro José Dirceu.

Corrêa era acusado de quebra de decoro parlamentar por ter autorizado o assessor do seu partido, João Cláudio Genu, a receber R$ 700 mil do PT por meio do empresário Marcos Valério, acusado de operar o esquema do mensalão. Dos 451 parlamentares que participaram da sessão no Congresso, 19 se abstiveram e cinco votaram em branco.

Durante o discurso de defesa, Corrêa afirmou que seu nome ou de algum parente seu nunca haviam sido citados como beneficiários de recursos do Banco Rural ou do BMG. O deputado disse ainda que não tinha ouvido falar de Marcos Valério antes das denúncias do ex-deputado Roberto Jefferson.

Antes de cassarem o mandato de Corrêa, os deputados aprovaram o relatório que recomendava a absolvição de Pedro Henry (PP-MT), igualmente elaborado por Sampaio. Votaram a favor do documento 255 deputados. O relatório foi rejeitado por 176 parlamentares.