A avaliação do governo Lula no período entre dezembro de 2005 e março de 2006 cresceu nove pontos, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta. Em dezembro, o percentual de entrevistados que avaliavam o governo como ótimo e bom era de 29% e neste mês de março subiu passou para 38%. A avaliação ruim e péssima caiu de 32% em dezembro para 22% em março, enquanto a regular oscilou de 37% para 39%. Não sabem ou não opinaram 1%. Segundo o Ibope, depois de dois períodos com resultado negativo, a diferença entre ótimo/bom e ruim/péssimo atinge 16 pontos positivos. Há três meses, esse saldo era de 3 pontos negativos.

A primeira rodada da pesquisa realizada neste ano indica que o governo conseguiu recuperar sua popularidade em todos os segmentos, com crescimento expressivo das avaliações nas cinco regiões do país e em todas as faixas sócio-econômicas. Por faixa etária, o movimento mais expressivo ocorreu entre os jovens na faixa de 16 a 24 anos de idade.

O percentual dos que aprovam a maneira como o presidente Lula está governando o Brasil subiu de 42% em dezembro para 55% em março. Já o percentual dos que desaprovam teve queda, passando de 52% para 39%.

O forte movimento de recuperação registrado na aprovação à maneira de governar também se manifesta na confiança dos brasileiros em Lula. Em três meses, o percentual dos que não confiam no presidente, que vinha em curva ascendente desde novembro de 2004, caiu, passando de 53% em dezembro para 43% em março. Por outro lado, disseram confiar no presidente Lula 53% dos entrevistados, contra 43% na pesquisa anterior.

A melhora geral nos indicadores de avaliação também afetou a avaliação do governo Lula comparada à expectativa antes da posse. Para 31% das pessoas ouvidas pela pesquisa, o governo está melhor do que se esperava. Em dezembro, 20% fizeram a mesma avaliação. O governo está pior para 36% dos entrevistados, contra 46% registrados no levantamento de dezembro. Em linha com o movimento dos indicadores de avaliação, a comparação entre os governos do presidente Lula e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso teve oscilação mais expressiva, com aumento das opiniões mais favoráveis ao atual governo.

O levantamento foi feito entre os dias 8 a 11 de março, com eleitores de 16 anos de idade ou mais. Foram feitas 2002 entrevistas em 143 municípios do país.

AGÊNCIA O GLOBO