| 13/03/2006 08h39min
Uma das personagens da crise que abalou o país no ano passado, a empresária Jeany Mary Corner teria procurado assessores do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e pedido dinheiro para não delatar atos de corrupção.
Na edição desta semana, a revista Veja afirma que Jeany, apontada como suposta agenciadora de recepcionistas para festas em Brasília, está vendendo seu silêncio. A empresária tem espalhado que ela e as acompanhantes teriam testemunhado e até auxiliado a prática de atos de corrupção.
Jeany teria colocado pessoas de sua confiança em contato com um interlocutor de Ademirson Silva, assessor de Palocci, e com Juscelino Dourado, seu ex-chefe de gabinete. Elas pediam dinheiro.
Em novembro, um dos advogados de Jeany, Ismar Marcílio de Freitas Júnior, solicitou uma audiência com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, usando a ajuda de um amigo, o promotor Ruy Galvão. Quando desconfiou do assunto, o ministro delegou a tarefa ao chefe de
gabinete, Cláudio Alencar.
Freitas Júnior e Galvão contaram que Jeany sabe de fatos gravíssimos e sugeriram que "seria interessante tirá-la de circulação até 2008" porque ela estaria prestes a dar entrevistas (veja quadro). Em entrevista gravada pela Veja, Jeany disse que seus interlocutores não serão "os primeiros nem os últimos do mundo a extorquir".
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