No início do ano, a diretoria do Vasco tomou uma decisão polêmica ao transformar jogos-treinos em amistosos, como forma de ajudar o atacante Romário a se aproximar mais rapidamente dos mil gols. A medida trouxe críticas de todos os lados, principalmente pela fragilidade dos adversários cruzmaltinos. Em janeiro e parte de fevereiro, qualquer brecha no calendário era suficiente para os dirigentes encaixarem um amistoso. Foram oito ao total, dos quais o veterano atancate participou de seis e anotou nove gols.

A situação começou a mudar, no entanto, no dia 16 de fevereiro. Um dia depois de o Vasco enfrentar o Botafogo-PB em João Pessoa, viagem da qual Romário foi poupado, o clube cruzmaltino agendou um amistoso contra o que acreditava ser uma equipe da terceira divisão da Alemanha. A surpresa veio na hora que o adversário entrou em campo: se tratava de um time de veteranos alemães, alguns com mais de 50 anos e muitos quilos a mais. Irritado, o Baixinho se recusou a entrar em campo e o amistoso se transformou em jogo-treino com os reservas cruzmaltinos.

Coincidência ou não, desde então o Vasco não disputou mais nenhum amistoso desde então, apesar de algumas brechas no calendário, como nesta semana. O time até entrou em campo para enfrentar o Estácio de Sá, na última quarta, mas a pedido de Romário a partida não teve caráter amistoso. Apesar da recusa do jogador em transformar o jogo-treino em amistoso nesta semana, o supervisor Nilson Gonçalves minimiza o problema e garante que o projeto para Romário chegar aos mil gols não está arquivado.

– Estamos em uma fase importante, temos jogos decisivos pela frente e devemos ter cuidados especiais. Mas vamos voltar a marcar outros amistosos para associar as duas coisas: treino ao projeto gol mil de Romário – afirmou o supervisor.

O projeto, no entanto, terá que esperar um pouco caso o Vasco decida voltar a marcar amistosos. Isto porque o time carioca deve realizar pelo menos quatro partidas oficiais nas próximas duas semanas.

GAZETA PRESS