| 09/03/2006 12h58min
Um clima de desânimo e frustração tomou conta da reunião do Conselho de Ética hoje por causa da decisão do plenário da Câmara de absolver os deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP), ontem. Irritado, o presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), disse que estava de ressaca e afirmou que os parlamentares estavam votando com base no passado dos acusados, sem analisar os relatórios do Conselho.
– Me sinto frustrado. A impressão que tenho é que a grande maioria não conhece o processo, vota pela história do parlamentar. Os deputados não analisam o relatório do Conselho de Ética. Os deputados conhecem a vida de cada um e estão votando de acordo com isso, e não com o trabalho do Conselho de Ética – protestou Izar. O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que estava havendo um processo de desmoralização do Conselho e que saques no valerioduto e caixa dois não parecem mais passíveis de cassação. – O plenário não lê nossos pareceres. Há um processo de desmoralização do Conselho de Ética. Fica claro pela votação de ontem que o saque do valerioduto não é mais passível de cassação. Caixa dois então nem se fala – reclamou. O clima esquentou até mesmo entre os conselheiros, que não entenderam as explicações de Izar para que a votação do relatório contra o deputado José Mentor (PT-SP) só seja feita na semana que vem. O deputado Julio Delgado (PSB-MG) cobrou uma resposta de Izar, afirmando que o Conselho não pode parar por causa do plenário. – Eu quero explicação para não votar isso hoje. Cheguei a ser chamado de dedo-duro e que o Conselho precisa de férias – disse Delgado, afirmando que o Conselho não pode parar. AGÊNCIA GLOBOGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.