O secretário do Tesouro dos EUA, Paul O’Neill, disse nessa quarta-feira, dia 24, que a Argentina deve conseguir mobilizar a classe política a fim de implantar as reformas econômicas necessárias depois da renúncia do ministro da Economia, Jorge Remes Lenicov. Apesar dos recentes episódios que agravaram a crise política no país, O’Neill afirmou que os EUA e o Fundo Monetário Internacional (FMI) não mudaram sua posição em relação à Argentina. Segundo ele, não se pode prever com clareza o que acontecerá ao país após a saída de Lenicov:

– Deve haver explicação política para o fato de os argentinos não conseguirem tomar as medidas necessárias para sair da crise.

O’Neill comentou que Lenicov deixou o ministério devido à dificuldade de atender aos pedidos dos órgãos de crédito internacional, frente ao impasse político interno. Segundo ele, o FMI, o Banco Mundial e os 25 ministros da Economia dos países industrializados que se reuniram com Lenicov após a reunião do Grupo dos Sete Países mais industrializados (G-7), no sábado passado em Washington, concordaram em insistir nas reformas como condição para nova ajuda financeira à Argentina.

Leia mais sobre a crise argentina