| 06/03/2006 10h19min
O Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) se reúne a partir de hoje em Viena para avaliar o mais recente relatório técnico do programa nuclear do Irã que, salvo surpresa de última hora, será remitido ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Este passo é praticamente certo após frustrar-se as possibilidades de um acordo entre Irã e União Européia (UE) na sexta-feira durante um encontro entre Alemanha, França e Grã-Bretanha (UE-3) e um alto representante iraniano. Teerã rejeitou uma moratória plena em suas atividades de enriquecimento de urânio - material que tem aplicações tanto civis como militares - como exige a UE. Além disso, pretende manter suas pesquisas em pequena escala com fins científicos. A Rússia também exige uma suspensão plena para dar via livre à criação de uma empresa mista com o Irã em solo russo. A companhia serviria para abastecer as usinas atômicas do país de combustível nuclear, o que acabaria com os receios internacionais. O Conselho de Segurança da ONU, o órgão máximo das Nações Unidas, tem os poderes de estabelecer sanções contra o Irã, possibilidade que por enquanto é descartada por todas as partes envolvidas. Dada a insistência do Irã em enriquecer urânio, UE e EUA duvidam que seu programa nuclear seja pacífico, algo que a AIEA após três anos de intensas inspeções ainda não foi capaz de certificar. Uma suspensão completa como medida de confiança é uma das exigências incluídas na última resolução da AIEA, com um respaldo de 27 dos 35 países-membros da executiva do organismo. Enriquecer urânio é uma atividade legal sob o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) desde que seja para fins pacíficos, algo que a AIEA não pôde comprovar até agora de forma definitiva no caso do Irã. AGÊNCIA EFEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.