| 21/02/2006 18h27min
Integrantes da Aliança Láctea Global (ALG), grupo que representa mais de 1,5 milhão de produtores de leite da Argentina, Austrália, Brasil, Chile, Nova Zelândia e Uruguai, defendem novas propostas de acesso a mercados como parte das negociações da Rodada Doha.
Para o setor, as atuais propostas apresentadas em Hong Kong, em dezembro de 2005, que prevêem cortes médios na tarifas entre 39% e 66%, são inócuas e insuficientes para ampliar a presença dos produtos desses países no mercado mundial.
O setor de lácteos é um dos mais subsidiados e distorcidos no comércio mundial agrícola. São aproximadamente US$ 40 bilhões em subsídios concedidos anualmente, segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O receio dos integrantes da ALG, responsáveis por uma produção de 60 bilhões de litros por ano, é que, caso não se avance nas negociações de Doha, o segmento permanecerá com alto índice de proteção, dificultando o acesso dos produtores ao diferentes mercados mundiais.
A tarifa aplicada, por exemplo, nas importações japonesas de manteiga, está acima de 500%. O Canadá aplica tarifas que variam entre 200% a 300% em suas compras de produtos lácteos de outros países.
Com base nesse cenário os integrantes da ALG apresentam novas propostas de acesso a mercados aos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o de Relações Exteriores nesta quarta, dia 22. Os dados serão apresentados em entrevista coletiva do presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite, Rodrigo Alvim, e do presidente da ALG, Osvaldo Cappelini.
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