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O PPS gaúcho defende a possibilidade de uma aproximação regional com o PFL, mas considera prematura a consolidação de uma aliança nacional entre os dois partidos. Embora afirme que não existe fato concreto sobre a coligação, já que o PFL ainda não se posicionou sobre eventuais apoios, a cúpula estadual do PPS acredita que o partido deve discutir nos Estados a viabilidade de uma coligação nacional com o PFL.
Segundo o presidente regional do PPS, deputado federal Nelson Proença, “em eleição não se pode recusar apoio”. Mesmo reconhecendo que o PFL nacional é um partido forte, ele acredita que a aproximação com a sigla causará divergências internas e afirma que a questão deve ser debatida entre a cúpula do PPS.
– O PFL gaúcho é um exemplo para todo o país. Para nós seria fácil negociar uma aliança por aqui, mas o partido precisa discutir a questão nacional. Acho que ninguém pode recusar um apoio – diz Proença.
O senador José Fogaça irá propor ao PPS nacional que defenda uma aliança branca com o PFL para presidente da República e deixe os Estados livres para negociar ou não o apoio ao partido. Ele acredita que a aproximação com o PFL está sendo antecipada e que enquanto a Frente Trabalhista (coligação que congrega PPS, PDT e PTB) não for confirmada, o partido não poderá discutir alianças. Já o deputado estadual Bernardo de Souza julga precipitadas as especulações sobre um apoio do PFL ao PPS.
Mesmo afirmando que o PFL gaúcho possui “políticos sérios”, ele não concorda com uma aproximação entre os partidos, por considerar que as siglas possuem doutrinas e pensamentos divergentes:
– Não há nada de concreto sobre essa aliança. O PPS jamais irá abrir mão de seus princípios por uma coligação. E quem garante que o PFL está disposto a apoiar o Ciro? – indaga Bernardo.
Segundo o deputado Paulo Odone, o PPS estaria sendo “maluco”ao recusar apoios, mas acredita que a definição de uma aliança com o PPS deva passar por uma consulta regional.
– O PFL gaúcho tem nomes respeitadíssimos, que facilitariam uma aliança. Fazer uma coligação fechada com o PFL é muito estranho, mas ninguém vai para uma eleição sem coligar – diz.
O PFL só irá se posicionar sobre possíveis apoios depois de quinta-feira, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá se mantém ou não a verticalização das coligações.
FERNANDA CRANCIOGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.