O clima de mistério sobre quem será o candidato do PSDB a presidente da República continua. Na manhã desta sexta, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito José Serra, ambos do PSDB, estavam juntos na posse do médico urologista Miguel Sroughi como titular da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, mas nenhum dos dois disse quem será o candidato a presidente.

Ao comentar o jantar de ontem à noite entre Serra, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, sem sua presença, o governador Alckmin disse que não sente preterido na disputa.

– É normal que eles jantem. Eu havia sido convidado pelo ex-presidente Fernando Henrique, pelo Tasso e pelo Aécio para um jantar na quarta-feira à noite, mas não pude ir porque tinha compromisso em Joinville. É normal que as lideranças façam esses jantares com cada um dos candidatos. Ontem foi com Serra. Eu jantarei com eles na semana que vem. A decisão do partido sairá no começo de março – disse Alckmin.

O prefeito Serra também não quis comentar se a cúpula do PSDB insistiu no jantar de quinta-feira para que ele assuma sua candidatura logo. Para Serra, o jantar não foi secreto, para marginalizar o governador Alckmin.

– O jantar não foi secreto e nem clandestino. É óbvio que conversamos sobre a eleição, mas esse não foi o único assunto – disse Serra.

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) também estava no evento. Ele disse que PSDB e PFL estarão juntos numa chapa para derrotar Lula e o vice deve ser do PFL. Segundo o senador, de preferência alguém do PFL do Nordeste, cujo nome não antecipou. Ele acha que o PSDB está demorando para escolher o candidato, mas que isso é normal. Ele não revelou se prefere Serra ou Alckmin, garantindo que o PFL apoiará qualquer um dos dois.

Ainda segundo o senador baiano, hoje só Lula está em campanha e por isso vai cair nas pesquisas quando a campanha começar para valer.

AGÊNCIA O GLOBO