| 12/02/2006 15h30min
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, tem uma reunião prevista para amanhã com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, para abordar temas considerados sensíveis como a crise provocada pelo programa nuclear do Irã, a situação no Sudão e no Oriente Médio e a reforma da ONU.
Annan, que diz que mantém contato por telefone com Bush com freqüência, solicitou o encontro bilateral. Na capital americana, Annan tem previsto um almoço com a secretária de Estado, Condoleezza Rice, em uma reunião prévia ao encontro com Bush. Também estão agendadas outras reuniões com representantes do Comitê de Relações Exteriores do Senado americano.
Na pauta dos encontros ganha destaque a crise nuclear iraniana, especialmente depois de Annan ter se mostrado a favor do esgotamento de vias diplomáticas para que o conflito fosse resolvido. O secretário-geral da ONU quer colocar ponto final na polêmica antes da adoção de possíveis sanções contra o Irã, que reatou seu programa de enriquecimento de urânio, por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CS).
Apesar de os EUA considerarem ainda que os esforços diplomáticos devem continuar, o governo do país não descarta a possibilidade de impor algum tipo de medida coercitiva contra o regime iraniano caso este não suspenda de imediato suas atividades nucleares.
Outro tema a ser discutido será a vitória do movimento islâmico Hamas nas recentes eleições palestinas, já que a ONU e EUA integram, ao lado da União Européia e da Rússia, o grupo que elaborou o plano de paz conhecido como Mapa de Caminho, que tem como objetivo tentar solucionar o conflito no Oriente Médio.
Annan se pronunciou a favor de conceder mais tempo ao Hamas para que se organize como partido político, mas ao mesmo tempo solicitou à organização que abandonasse as armas e reconhecesse o Estado de Israel.
Em meios diplomáticos não se descarta que Annan e Bush revisem a oferta do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de manter negociações políticas em Moscou com os líderes do Hamas, proposta que conta com o apoio da França, mas que os EUA vêem com reticência. Outro assunto que deve ser abordado é a reação dos muçulmanos às caricaturas de Maomé.
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