| 09/02/2006 19h13min
A convergência tecnológica e a TV digital foram temas do seminário "Políticas em telecomunicações – definindo caminhos futuros", realizado nesta quinta-feira pelo jornal especializado Teletime. Durante o encontro, o vice-presidente de Regulamentação da Vivo, Sergio Ascenço, disse que as empresas de telefonia prestam serviço de valor adicionado e que elas são o "meio-de-campo entre o produtor de conteúdo e o consumidor".
– Faz-se necessário reavaliar o atual modelo regulatório para que o usuário possa usufruir da convergência. Telefonia não é mais simplesmente voz – afirmou.
O presidente da Brasil Telecom, Ricardo K., também defendeu a atualização da legislação do setor, de forma a permitir a convergência tecnológica.
– Há um vácuo hoje na legislação, que não consegue acompanhar a evolução tecnológica.
Para ele, a discussão envolve os novos serviços que serão possíveis com o padrão digital, como a interatividade e a participação das empresas nos negócios. Ricardo K. disse que as teles não querem fazer radiodifusão e nem produção de conteúdo, mas proporcionar aos clientes um telefone com o serviço de interatividade.
O presidente da Oi, Luiz Falco, disse que a tecnologia vai chegar ao consumidor, a questão é em que prazo. Ele disse ainda que até o fim do ano o número de celulares do país vai ultrapassar a quantidade de televisores. Serão 110 milhões celulares até o fim de dezembro.
– Eu, como cliente, quero estar conectado a todos os serviços – disse Falco.
O vice-presidente de Relações institucionais das Organizações Globo, Evandro Guimarães, destacou a necessidade de se obedecer às exigências da Constituição para a prestação do serviço de TV digital. Ele deixou claro ainda que nenhuma empresa é contra os interesses do consumidor. Citou o Dr. Roberto Marinho, fundador da Globo, que dizia: "a gente pode brigar com todo mundo, menos contra o nosso verdadeiro patrão, que é o telespectador". Com este, segundo ele, não dá para brigar, tem que se cativar o tempo todo.
– Só estamos querendo aquilo que nós achamos que temos direito: migrar para o ambiente digital como todos os prestadores de serviço migraram. Queremos a TV digital terrestre e queremos continuar a mandar sinais para a recepção livre e gratuita – afirmou.
Evandro Guimarães disse ainda que as televisões farão negócios conjuntos com as outras empresas de telecomunicações. Para ele, é absolutamente claro que a parceria e a complementariedade são possíveis. Mas defendeu a implantação da TV digital imediatamente.
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