Milhares de libaneses fizeram hoje uma manifestação em Beirute em protesto pela publicação das charges sobre Maomé, e alguns deles enfrentaram as forças de segurança. Os agentes antidistúrbio utilizaram gás lacrimogêneo contra os manifestantes para impedir que se aproximassem da embaixada da Dinamarca, mas os revoltosos chegaram até o prédio e atearam fogo à estrutura.

Cerca de 10 mil manifestantes também incendiaram dois veículos e atiraram pedras contra as forças de segurança, que responderam com gás lacrimogêneo, água a pressão e tiros para o ar a fim de dispersar os manifestantes.

Também foi relatado que várias pessoas ficaram feridas nos enfrentamentos e que alguns manifestantes atiraram pedras contra a igreja São Maron, no bairro vizinho de Gemayseh.

O embaixador dinamarquês no Líbano viajou hoje a seu país depois que milhares de manifestantes sírios incendiaram no sábado as embaixadas da Dinamarca e da Noruega em Damasco. Líderes religiosos denunciaram o acontecido e pediram que a manifestação termine imediatamente.

– Não é assim que se defende o Islã – disse Assad Jarmush, chefe do grupo Yamá Islamiya, uma das organizações que tinham convocado o protesto, embora tenha criticado a atuação dos policiais e disse que "não deviam ter utilizado suas armas".