| 04/02/2006 20h46min
O incêndio da embaixada dinamarquesa em Damasco provocado por manifestantes islâmicos intensificou hoje a crise causada pelas caricaturas de Maomé. O governo dinamarquês culpou a Síria pelo incidente e responsabilizou os demais países muçulmanos por possíveis ataques contra seus interesses.
O ministro dinamarquês de Assuntos Exteriores, Per Stig Moeller, qualificou os fatos de "terríveis" e considerou "inaceitável" o fato de o governo sírio não ter protegido a embaixada. Moeller disse também que, no curso de uma conversa telefônica, seu colega sírio tinha se desculpado e havia anunciado uma investigação policial, mas que isto "não era suficiente".
O chefe da diplomacia dinamarquesa negou que a Dinamarca vá retirar agora seu embaixador de Damasco e destacou que a prioridade é retirar os dinamarqueses que se encontram no país, embora tenha se reservado o direito de "tomar outras medidas" mais adiante contra a Síria. O titular de Exteriores dinamarquês informou, por telefone, da situação ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, enquanto o primeiro-ministro, Anders Fogh Rasmussen, conversou com o presidente rotativo da União Européia (UE), o chanceler austríaco Wolfgang Schussel, sobre o assunto.
O edifício da embaixada dinamarquesa em Damasco, que abriga também as representações diplomáticas do Chile e da Suécia, foi arrasado por centenas de manifestantes sírios. Eles teriam se enfurecido pelo rumor de que exemplares do Corão haviam sido queimados na Dinamarca. O fato foi desmentido pela polícia dinamarquesa.
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