O alto representante para a Política Externa da União Européia, Javier Solana, disse hoje que a ajuda financeira do bloco à Autoridade Nacional Palestina (ANP) está garantida até a formação do novo governo árabe.

– É preciso seguir ajudando o presidente Mahmoud Abbas, que se apresentou uma plataforma destinada a trabalhar pela paz, negociar com Israel, acabar com a Intifada e desenvolver o Mapa de Caminho – afirmou Solana em discurso no plenário do Parlamento Europeu.

A partir da formação do governo, a ajuda estará condicionada a decisões palestinas, principalmente do movimento islâmico Hamas. O grupo teria de responder a três exigências feitas pelos ministros de Exteriores da UE na segunda-feira passada: renunciar ao terrorismo, promover uma "política compatível" com a posição da União Européia sobre o conflito no Oriente Médio, definida em acordos firmados em Oslo em 1993, e reconhecer todos os acordos assinados pela ANP nos últimos anos.

– Queremos dois Estados que vivam juntos em paz, prosperidade, e que negociações sejam possíveis por vias pacíficas – disse Solana.

Ele ressalvou que a posição não significa impor nada a ninguém, mas sim deixar clara a posição em vigor desde 1993. Amanhã, o Parlamento Europeu votará uma resolução sobre o resultado das eleições palestinas, declarando que a ajuda da UE à ANP e ao desenvolvimento econômico e democrático da Palestina dependerá também do reconhecimento de Israel pelo novo governo.

AGÊNCIA EFE