Uma grande concentração popular, com bandeiras e carro de som, marcou o começo da campanha do governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, para a prévia do PMDB. Estiveram em Tramandaí, no litoral gaúcho, o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, e o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) e o senador Pedro Simon (PMDB-RS), presidente do partido no Rio Grande do Sul. Na próxima sexta-feira, Rigotto lançará sua campanha em São Paulo.

O deputado Osmar Serraglio, relator da CPI dos Correios, após chamar o governador de "futuro presidente" enfatizou a "profunda competência do então deputado federal que elaborou a melhor reforma tributária brasileira". O governador de Santa Catarina garantiu que todos os prefeitos catarinenses do PMDB estão com o governador do Rio Grande do Sul na prévia do partido. Uma das principais lideranças peemedebistas do país, o senador Pedro Simon, disse que o Brasil espera a retomada da moral e da ética que é a alma deste país.

– E essa retomada está começando pelo PMDB, com a candidatura de Rigotto – comentou, lembrando em tom de advertência que o partido terá que respeitar o resultado da prévia.

Em seu discurso, o governador Germano Rigotto disse que durante muitos anos o PMDB não soube se valorizar, mesmo tendo mais de 2 milhões de filiados, mil prefeitos e a maior bancada do Senado. Defendendo a candidatura própria, afirmou que um partido com a expressão do PMDB não pode ficar a "reboque de outros candidatos". Para ele, que está no PMDB desde 1975, o futuro do país não passa pelo nem pelo PSDB nem pelo PT, partidos que, juntos, estão há 11 anos no poder e nunca apresentaram um projeto nacional.

– Temos que nos perguntar por que eles nunca tiveram um programa de geração de emprego e de renda. O PMDB é a terceira via da política brasileira e poderá apresentar uma forte coligação de centro-esquerda – disse Rigotto, que acredita que a sua candidatura está em crescimento.