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 | 20/01/2006 11h17min

Deputado defende suspensão de Wanderval por 30 dias

José Carlos Araújo disse que cassação é desproporcional às irregularidades

O deputado José Carlos Araújo (PL-BA) leu há pouco seu voto em separado no qual sustenta que a pena de perda de mandato contra o deputado Wanderval Santos (PL-SP) é desproporcional às irregularidades praticadas. Ele defendeu a suspensão do mandato do parlamentar por 30 dias, o que considera uma "punição justa, proporcional às suas ações e omissões".

Para Araújo, o fato de Wanderval ter permitido a utilização da estrutura administrativa de seu gabinete pelo então deputado Carlos Rodrigues não pode implicar a pena de cassação. Araújo disse que essa conduta é "absolutamente passível de crítica", assim como o fato de Wanderval não ter punido seu motorista, que teria traído a sua confiança ao sacar R$ 150 mil da conta de Marcos Valério Fernandes de Souza na agência do Banco Rural em Brasília.

O deputado Wanderval Santos foi citado em relatório preliminar das comissões parlamentares de inquérito (CPIs) dos Correios e da Compra de Votos por ter sido demonstrado que o seu motorista Célio Marcos Siqueira sacou R$ 150 mil das contas de Valério. Wanderval, na defesa ao Conselho de Ética, alegou que o saque foi feito a pedido de Carlos Rodrigues, que liderava os deputados vinculados à Igreja Universal na Câmara.

O relator do processo contra Wanderval, deputado Chico Alencar (Psol-RJ), considerou que a atitude do parlamentar, ao "terceirizar" seu mandato em favor de Rodrigues e da Igreja Universal, justifica a perda de mandato.

AGÊNCIA CÂMARA
 

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