O dólar à vista abriu em alta de 0,99% nesta quarta, cotado a R$ 2,333 na compra e R$ 2,335 na venda. No mercado de títulos da dívida externa, os principais papéis brasileiros operam em baixa e o risco-país sobe 4 pontos centesimais, para 295 pontos.

O principal acontecimento do dia só deve ter seu desfecho depois do encerramento dos negócios no mercado financeiro. O Comitê de Política Monetária (Copom) decide hoje sobre o novo percentual da taxa Selic. A maioria das apostas é de um corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica.

Em dezembro o BC reduziu a Selic em 0,50 ponto. Um corte de 0,75 ponto não deve ser interpretado como um aumento no ritmo de cortes, mas sim uma manutenção. Isso porque a partir de 2006 as reuniões do Copom deixam de ser mensais, para acontecer a cada 44 dias. Um aumento no corte a cada reunião seria necessário para manter a média mensal de queda.

Enquanto aguardam a decisão do Copom, os investidores continuam a observar o cenário internacional. Depois de uma terça-feira negativa, os mercados asiáticos e europeus têm uma nova rodada de perdas, que podem gerar efeitos por aqui.

Entre os destaques da manhã estão justamente os índices de inflação, observados de perto pelo Copom na hora de decidir sobre os juros básicos da economia. O IGP-10 surpreendeu ao detectar uma aceleração significativa da inflação, que passou de 0,06% em dezembro para 0,84% em janeiro. A pressão veio principalmente dos aumentos nas despesas com educação e pelos reajustes do álcool combustível e de saúde.