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 | 17/01/2006 15h51min

Mulher será indenizada por descumprimento de trato para matá-la

Britânica Christine Ryder contratou homem por 20 mil libras

Um britânico terá que indenizar uma mulher, que pagou a ele 20 mil libras (cerca de 30 mil euros) para que acabasse com a vida dela, por não cumprir o pacto firmado entre ambos. Kevin Reeves, de 40 anos, foi condenado por um tribunal britânico a 15 meses de prisão e a pagar 2 mil libras (cerca de 3 mil euros) por danos e prejuízos à mulher que deveria ser sua vítima voluntária, Christine Ryder, de 53, segundo o jornal The Times.

A mulher, que conheceu Reeves em um hospital psiquiátrico onde ela havia sido internada após uma tentativa de suicídio, pediu a Reeves que conseguisse alguém disposto a matá-la por 20 mil libras (cerca de 30 mil euros). Reeves disse a Christine que poderia contratar um assassino profissional, que cobraria 2,5 mil libras (cerca de 4 mil euros), embora depois tenha subido o preço.

A mulher assinou um cheque de 5 mil libras (quase 7,5 mil euros). Reeves afirmou a Christine que disparariam contra ela de um carro em um determinado dia, o que não chegou a acontecer. Para justificar o descumprimento, Reeves disse à mulher que ele mesmo tinha matado o assassino contratado e que tinha utilizado o dinheiro para indenizar à viúva.

Cada vez mais desesperada, a mulher pediu a Reeves que a matasse e ele aceitou, mas sob a condição de que ela assinasse um novo cheque de 10 mil libras (cerca de 15 mil euros). Reeves mais uma vez não cumpriu a promessa e sua nova desculpa foi que seu banco havia confiscado o dinheiro por dívidas, embora tenha dito que cumpriria o trato se recebesse mais 10 mil libras.

A mulher ofereceu 5 mil libras a Reeves, que se comprometeu a matá-la em 28 de novembro. Um dia antes da data marcada, no entanto, ele voltou a suspender a execução por meio de uma carta, na qual afirmava que as circunstâncias haviam mudado, embora o contrato continuasse de pé.

Segundo a promotora, passou algum tempo sem que Reeves contatasse sua vítima, uma vez que levou sua esposa, Jean, para passar férias na ilha de Tenerife (Espanha). A frustrada suicida conseguiu ligar para Jean, que contou que o marido havia explicado que o dinheiro utilizado na viagem tinha sido ganho na loteria.

Frente a todas essas circunstâncias, a promotora chegou à conclusão de que Reeves não tinha intenção alguma de cumprir o trato e matar Christine nem de contratar alguém para que o fizesse. A juíza acusou Reeves de "engano manifesto e reiterado", e o condenou a 15 meses de prisão, além de ele ter de pagar uma indenização à vítima de sua fraude.

AGÊNCIA EFE
 

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