| 17/01/2006 15h03min
A Confederação Brasileira de Tênis (CBT) conseguiu as negativas fiscais que necessitava para poder utilizar o dinheiro proveniente da Lei Agnelo Piva em seus projetos de fomento ao esporte. Depois de entraves burocráticos e de longa negociação, apenas nesta terça foram liberadas as certidões negativas, mediante o parcelamento das dívidas de INSS, FGTS e Receitas Federal, Estadual e Municipal.
Esses documentos são exigidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para que a verba possa ser utilizada pela entidade. Só de INSS, o montante da dívida estava em torno de R$ 800 mil e foi negociada para pagamento em 60 meses, prazo máximo concedido pelo governo.
A partir de agora, a verba da Lei Agnelo Piva – em torno de R$ 1 milhão por ano, dependendo da arrecadação – poderá ser utilizada pela CBT para projetos e desenvolvimento do esporte. Desta forma, o presidente Jorge Lacerda da Rosa já está colocando em prática um desses projetos, que é aumentar o número de torneios profissionais no país, possibilitando aos tenistas brasileiros jogar mais em casa, gastar menos com hospedagem e transporte e melhorar seus rankings com maior facilidade.
A verba do COB e a proveniente das taxas dos torneios de ATP e WTA serão suficientes para a criação de muitos eventos menores no país, segundo Jorge Lacerda. A partir de agora, toda empresa privada ou federação que deseje organizar um Circuito Satélite ou Future, masculino ou feminino, ganhará da CBT as bolas e o pagamento da arbitragem para o torneio, além da isenção da taxa da ITF.
A Federação Catarinense e o Instituto Tênis, em uma ação conjunta, anunciaram que aproveitarão esta ajuda para promover três torneios profissionais femininos de US$ 10 mil, em Santa Catarina, em 2006. As datas estão sendo analisadas e serão divulgadas assim que forem aprovadas pela ITF e CBT.
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