| 10/01/2006 14h38min
O presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Antonio Gustavo Rodrigues, disse hoje, em depoimento na sub-relatoria de Normas de Combate à Corrupção da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, que, já em outubro de 2003, os saques feitos pela SMPB foram relatados como suspeitos pelo Coaf. Ele ressaltou que as informações sobre movimentações em espécie começaram a ser obtidas pelo conselho apenas em julho de 2003 e que, em três meses, foi possível identificar os saques.
Para Rodrigues, o simples fato de existirem saques não representa indício de irregularidade. São as informações dos bancos sobre seus clientes que geram a maioria dos ofícios do Coaf, e não a movimentação em espécie. Segundo ele, isso é apenas uma informação que agrega valor. Quando é encontrada uma suspeita, o conselho então analisa mais atentamente as movimentações em espécie. O presidente do Coaf ressaltou que, após o início dos trabalhos da CPI, a importância dos relatórios do conselho e das comunicações feitas pelos bancos ao Coaf cresceu. Ele afirmou que o Poder Judiciário e a Polícia Federal agora têm recorrido mais ao órgão. Além disso, de acordo com Rodrigues, várias instituições começaram a fazer "comunicações defensivas", enviando ao Coaf informações sobre qualquer empresa ou pessoa física que tenha sido citada pela imprensa por envolvimento em suspeitas de irregularidades. Rodrigues disse que, para a fiscalização sobre lavagem de dinheiro ser mais efetiva, é preciso aumentar o quadro do Coaf – que hoje tem apenas 31 funcionários – e fazer uma revisão da legislação sobre lavagem de dinheiro, o que está sendo realizado pelo grupo Estratégia Nacional de Combate à Lavagem de Dinheiro (Enclad), formado por integrantes dos ministérios da Justiça e da Fazenda. AGÊNCIA CÂMARAGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.