| 03/01/2006 15h37min
O sub-relator de Contratos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), disse não ter dúvidas de que havia um conjunto de irregularidades na empresa que trouxe "lesão grave" ao erário público.
Em entrevista ao programa Notícias da Manhã, produzido pela Radiobrás, o parlamentar informou que isso já está provado com relação a empresas contratadas para serviços com o Correio Aéreo Noturno.
– Não só da Skymaster (empresa de transporte aéreo), como da empresa Beta (Brazilian Express Transportes Aéreos Ltda). Temos ali a prova de licitações dirigidas, de superfaturamento dos contratos e temos a prova de fraudes muito claramente caracterizadas, com beneficiamento dessas empresas de forma indevida – disse.
Segundo Cardozo, no caso da Skymaster, há prova concreta de remessa de recursos para o Exterior. De acordo com o parlamentar, ainda estão sendo investigadas situações de saques na boca
de caixa, classificadas por ele, como
bastante suspeitas.
O funcionário da Skymaster Reginaldo Reges, ligado à área financeira da empresa de transporte aéreo, disse em seu depoimento que os saques feitos entre 2002 e 2005 nos bancos Bradesco e Real destinavam-se ao pagamento de pessoal e fornecedores.
Segundo Reginaldo, o dinheiro retirado das instituições financeiras era entregue a um dos diretores da empresa, João Marcos Pozzeti. A Skymaster é suspeita de fraudar licitações com os Correios. De acordo com a CPI, Reginaldo Reges sacou R$ 1,3 milhões entre 2002 e 2005. Ele identificou como um dos fornecedores a empresa Force Field, localizada nas Ilhas Virgens e vinculada à Skymaster.
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