O Ministério da Saúde chinês informou hoje que uma mulher de 41 anos da província chinesa de Fujian morreu em 21 de dezembro por causa da gripe aviária, no terceiro caso fatal no país e o sétimo registrado em humanos. Embora todos os casos anteriores tenham sido registrados em camponeses, este último é o de uma trabalhadora de uma fábrica na cidade de Siming.

Segundo o ministério, a mulher começou a mostrar sintomas de pneumonia e febre em 6 de dezembro, e foi hospitalizada dois dias depois. Apesar de os testes iniciais de H5N1 tenham dado negativo, testes posteriores de acordo com os padrões da Organização Mundial da Saúde identificaram o vírus. Como aconteceu em todos os casos anteriores, o caso de Fujian surpreende devido ao fato de que, até o momento, não foi registrado nenhum foco em aves na zona.

O diretor no Pacífico Ocidental da Organização Mundial da Saúde (OMS), Shigeru Omi, reconheceu na semana passada, em Pequim, que esta anomalia é devido a que, no meio rural chinês, às vezes é quase impossível detectar os focos em aves, enquanto em humanos os casos serão sempre mais chamativos.

Não havia casos em humanos ou aves na China há duas semanas, quando foi informado o foco número 31 em animais neste ano e o contágio de um homem de 35 anos na província de Jiangxi, vizinha a Fujian. Só na China, a gripe aviária causou em 2005 a morte de mais de 150 mil aves e obrigou a sacrificar 21 milhões. A doença foi detectada em aves de cerca de 20 países da Ásia e da Europa. Em humanos, a gripe aviária só foi registrada na China, Camboja, Indonésia, Vietnã e Tailândia, com 141 casos e 73 mortes, segundo a OMS.