Em balanço da política econômica apresentado hoje na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília, o chefe da pasta, Antonio Palocci, reiterou que o dia em que decidir ser candidato largará imediatamente o posto no governo. Dirigindo-se aos jornalistas, disse:

– Eu falei desde o início pra vocês. Eu penso que o cargo do ministro da Fazenda não é compatível com candidatura. Quando penso em ser candidato, eu tenho duas opções, ou sair do ministério ou tomar um banho gelado. Eu tenho tomado banhos gelados.

Além de falar da sua não-candidatura, até o momento, Palocci prometeu trabalhar para que o presidente Luis Inácio Lula da Silva continue à frente do executivo.

– Lula fez o país crescer com justiça social – declarou.

Para o ministro, a crise política não chegou a abalar a economia:

– As pessoas foram observando que a economia não se abalou com o problema político. A crise teve um impacto, mas esse impacto foi revertido pela própria solidez da economia e pela responsabilidade dos políticos brasileiros.

Após dizer que os assuntos de embate interno "não são assunto para véspera de Natal", Palocci complementou:

– O relacionamento com o governo está muito positivo com todos os ministros.