| 22/12/2005 09h27min
O Banco Central (BC) elevou as projeções de reajustes nos preços da gasolina e do gás de botijão para este ano, fixando-os em 8% e -0,3%, respectivamente. As estimativas anteriores eram de 7,6% e -0,9%. A informação consta da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada hoje.
Em relação às tarifas de telefonia fixa, não houve alteração nas previsões, que se mantiveram em 6,7% para 2005. No entanto, os reajustes projetados para as tarifas de energia elétrica residencial passaram de 7,8% em novembro para 8%, em dezembro.
A ata era aguardada com curiosidade pelo mercado, principalmente a respeito dos argumentos dos dois diretores do Copom que votaram por um corte maior, de 0,75 ponto, contra os outros seis que aprovaram desaceleração na Selic para 18% na reunião dos dias 13 e 14 de dezembro.
De acordo com o documento, os dois membros do Comitê que votaram por um corte maior na taxa de juros básica
avaliaram que tal medida proporcionaria
uma sinalização mais condizente com o atual balanço de riscos entre atividade e inflação.
Os seis técnicos que votaram pelo corte de 0,5 ponto defenderam que a condução da taxa de juros tem sido adequada "dado que corresponderia melhor à velocidade ótima de implementação do processo de flexibilização e contribuiria para aumentar a magnitude do ajuste total a ser implementado". Houve consenso em torno da manutenção da flexibilização dos juros.
Para o BC, a atuação cautelosa da política monetária tem sido fundamental para aumentar a probabilidade de convergência da inflação para a trajetória de metas.
"A atividade econômica deverá se recuperar nos próximos meses e continuar em expansão, em ritmo condizente com as condições de oferta, de modo a não resultar em pressões significativas sobre a inflação", prevê o documento.
Para os itens administrados, que tiveram peso de 30,4% sobre o Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) em novembro, o BC elevou a
projeção para 8,8%. Em 2006, os reajustes projetados para esse grupo de preços foram revisados para baixo, passando de 4,9% na reunião de novembro para 4,6%, em dezembro.
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