Após o turbulento desligamento do Grêmio, Ronaldinho aportou em solo francês para vestir a camisa do Paris Saint-Germain no dia 10 de abril de 2001. No primeiro treino coletivo, já deixou dois gols na rede. Entretanto, com o litígio entre os dois clubes, Ronaldinho demorou para entrar em campo em uma partida oficial. E ele não vestiu a camisa 10 logo de cara. O PSG havia reservado o número 21 para o recém-contratado naquela temporada.

Depois de seis meses sem atuar e com uma liberação provisória obtida na Fifa, Ronaldinho entrou em campo no dia 4 de agosto daquele ano, em pleno verão europeu, para encarar o Auxerre, pela segunda rodada do Campeonato Francês. Defendendo, ou melhor, atacando pelo PSG foram 21 gols em 73 partidas – e ainda faturou o título da Copa Intertoto de 2002.

A passagem do craque só foi um tanto discreta pelo clube francês em função de que a visibilidade do futebol daquele país é baixa no Brasil. Mesmo assim, Luiz Felipe Scolari o relacionou para a Copa do Mundo de 2002. E Ronaldinho contribuiu (e muito) com seu talento para a conquista do pentacampeonato com a Seleção Brasileira.

Passado o Mundial, o jogador retornou ao clube e passou a conviver num clima de animosidade com o então treinador do Paris Saint-Germain, Luiz Fernandez. Naquela temporada, o time da capital francesa ficou apenas na 11ª colocação na tabela de classificação. Os conflitos com o técnico refletiram em campo. Ronaldinho, já com o número 10 às costas, fez apresentações muito aquém de seu nível.

Sem clima para prosseguir trabalhando no PSG, clubes europeus como Manchester e Real Madrid se apresentaram como possíveis destinos para o habilidoso meia-atacante. Com a transferêncha de David Beckham justamente do time inglês para o clube da capital espanhola, a porta para Ronaldinho integrar o grupo de astros do Real se fechou. A partir disso, foi dada como certeira a ida do brasileiro para o futebol britânico.

Mas a vontade de atuar na Espanha combinou com a oferta do Barcelona, que entrou na disputa pelo craque. No dia 19 de julho de 2003 se encerrou oficialmente a passagem pela França. Ele assinou um contrato de cinco anos com a equipe catalã por 28 milhões de euros.