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 | 15/12/2005 15h30min

Cepal diz que luta contra inflação segurou crescimento do Brasil

Órgão da ONU prevê moderada aceleração da atividade econômica em 2006

A economia brasileira crescerá 2,5% neste ano, em contraste com os 4,9% conseguidos em 2004, devido em boa parte às políticas destinadas a conter a inflação. A avaliação é da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), no documento "Panorama Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2005".

Como resultado dessas políticas, espera-se que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor em seu conceito mais amplo (IPCA) feche o ano com uma variação de 6,2%, contra os 7,6% em 2004 e os 9,3% de 2003, diz o relatório do organismo das Nações Unidas.

Para o próximo ano, a Cepal prevê uma moderada aceleração da atividade, com um aumento de 3% no PIB.

As exportações aumentaram de US$ 109,059 bilhões em 2004 para US$ 133,831 bilhões este ano, enquanto as importações aumentaram de US$ 80,069 para 97,907 bilhões, com um saldo positivo de US$ 14,976 bilhões por conta corrente e de US$ 4,843 bilhões na conta de capital e financeira. Assim, a balança global do Brasil fechará o ano com um superávit de US$ 19,819 bilhões.

Em 2005, acentuou-se no Brasil a política de austeridade fiscal, o que determinou um superávit primário acumulado entre janeiro e outubro equivalente a 6% do PIB (5,4% em 2004), assinala o relatório, embora a dívida pública líquida se mantenha em torno de 51% do PIB.

O relatório destaca ainda que a condução da economia, a maior entrada de divisas e as favoráveis condições internacionais de financiamento facilitaram uma valorização nominal do real frente ao dólar, próxima de 18% em relação a 2004.

Outro elemento destacado pela Cepal é o anúncio, no último dia 13, de que o Brasil pagará toda sua dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI), calculada em US$ 15,5 bilhões.

A Cepal atribui também o menor crescimento da atividade a uma desaceleração no consumo das famílias (3,1% até setembro, contra os 4,1% de expansão de 2004).

AGÊNCIA EFE
 

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