Depois de cinco meses de expectativa, o São Paulo inicia às 8h20min desta quarta (horário de Brasília) a batalha pelo tricampeonato mundial. Em Tóquio, no Japão, o tricolor paulista enfrenta o Al Ittihad, da Arábia Saudita, que eliminou o Al Ahly, do Egito. O vencedor do confronto garante uma vaga na decisão do Mundial de Clubes da Fifa, que será disputada no domingo contra Liverpool ou Deportivo Saprissa.

A partida colocará à prova a intensiva preparação do São Paulo, que desde o início de novembro se dedica exclusivamente ao Mundial. Após a vitória por 3 a 1 sobre o Juventude, em 5 de novembro, pelo Brasileirão, os titulares foram liberados para alguns dias de descanso antes do Mundial. Diferente, por exemplo, do Liverpool, que seguiu sua rotina normalmente e só chegou ao Japão na segunda-feira, três dias antes do primeiro jogo.

– O São Paulo está pronto para enfrentar qualquer adversário. Tenho certeza que o time irá fazer um excelente jogo e sair classificado para a final – afirma o técnico Paulo Autuori.

Apesar da confiança, ninguém menospreza os árabes. A equipe já surpreendeu no primeiro jogo, quando venceu o favorito Al Ahly, até então invicto há mais de 50 jogos.

– O Al Ittihad foi melhor taticamente e muito mais organizado dentro de campo. Estamos cientes de que somos favoritos por toda nossa história, mas precisamos colocar isso em prática e comprovar dentro de campo – diz o treinador.

Prova de que o comandante são-paulino leva o jogo a sério é o mistério que ele faz em torno da escalação. A principal dúvida é qual atacante fará companhia a Amoroso. Christian largou como favorito, mas Aloísio tem treinado bem e está na briga. Lá atrás, Autuori não tem dúvidas e vai usar a tradicional formação com três zagueiros: Fabão, Lugano e Edcarlos.

Outra vantagem tricolor são os desfalques do adversário. A começar pelos brasileiros Marcão, Pedrinho e Lima, que foram contratados exclusivamente para o Mundial mas não tiveram seus documentos regularizados. O camaronês Job, expulso na final da Copa dos Campeões da Ásia, também fica de fora. Outra ausência é o zagueiro Osama Al Harabi, suspenso por um ano por ter agredido um fotógrafo em seu país.