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 | 13/12/2005 12h14min

OMC precisa reduzir desigualdades no comércio agrícola

Países em desenvolvimento buscam avanços na Rodada de Doha

Em declaração divulgada hoje em Hong Kong, na China, os 21 países que compõem o G20 (grupo dos países em desenvolvimento, liderados pelo Brasil e China) voltaram a afirmar que a remoção de distorções nas regras do comércio agrícola internacional é fundamental para que a atual rodada de negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) seja efetivamente a ‘rodada do desenvolvimento’, conforme a proposta de seu lançamento, há três anos, em Doha (Catar).

– A maior distorção estrutural no comércio internacional ocorre em agricultura, pela combinação de tarifas elevadas, apoio doméstico e subsídios à exportação que protegem produtores ineficientes nos países desenvolvidos – diz o documento, resultado da primeira reunião formal do G20 durante a 6ª Reunião Ministerial da OMC, iniciada hoje.

Ao final do encontro o ministro de Comércio e Indústria da Índia, Kamal Nath, afirmou ser "preciso sair de Hong Kong um passo à frente em direção ao fim das desigualdades e distorções no comércio internacional". Apesar de a expectativa geral ser de uma conferência morna, o ministro brasileiro de Relações Exteriores, Celso Amorim, acredita em avanços em Hong Kong.

– Não serão ainda os avanços que desejamos, mas creio que haverá avanços que nos permitem fazer progressos mais definitivos no começo do ano – disse.

Como exemplo de iniciativa que poderia dar impulso às negociações, Amorim mencionou a possibilidade de definição de uma data para o fim dos subsídios à exportação.

– Isso não resolve alguns outros problemas importantes, mas seria uma demonstração de seriedade da parte dos grandes subsidiadores, especialmente os Estados Unidos e União Européia – avaliou o ministro, repetindo o que havia dito na noite anterior, após a reunião com Brasil, Japão, Estados Unidos, União Européia, Austrália e Índia.

AGÊNCIA BRASIL
 

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