| 12/12/2005 15h26min
O relator-adjunto da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), considera que a descoberta de que o Banco Central já sabia da existência e monitorava desde 2003 um empréstimo de R$ 12 milhões concedido pelo BMG à SMP&B é um elemento a mais que prova que o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares não agia sozinho.
Para Paes, isso reforça a tese levantada na semana passada de que pode ter havido falha ou negligência na fiscalização e que o esquema montado por Marcos Valério poderia ter sido descoberto antes.
– Se a fiscalização do Banco Central tivesse funcionado, esse esquema não teria navegado em mares tão tranqüilos por tão longo período. Isso é grave e pode mostrar cobertura governamental a esse esquema – afirmou o deputado Eduardo Paes.
Preocupado em não antecipar qualquer juízo de valor sobre o assunto, o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), anunciou que agendou para amanhã uma reunião com o diretor de Liquidações e Desestatização do Banco Central, Antônio Gustavo do Vale. A princípio, o único assunto na pauta seriam as suspeitas de que o BC teria sido negligente na fiscalização do Banco Rural. Agora, Serraglio também pretende pedir informações sobre as inspeções feitas no BMG.
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