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 | 09/12/2005 13h30min

De plantão em Leipzig

• Cabelos

Os orientais andam aos bandos aqui na Alemanha. São excursões invadindo aeroportos ou grandes equipes na cobertura da Copa do Mundo. Entre eles, muitos jovens. O que chama a atencão são os estranhos cortes de cabelo. Como para nós, ocidentais, os orientais são muito parecidos, talvez essa seja a maneira que eles encontraram para se diferenciar diante a nossos olhos: radicalizando no cabelo.

Nada banal, como reflexo ou tingimento. Pegam pesado. Fazem cortes moicanos, pintam de rosa e chegam a colocar várias cores num tingimento só. Os alemães não ficam atrás. Como o loiro predomina, muitos preferem chamar a atencão com cortes arrojados que fazem o do Rafael Sobis ser bem comportado. O Cyro, que observa essa tendência com olhar conservador de senhor de meia-idade, repete freqüentemente por aqui: “Mas que cabelinho, hem?!!”

• Figuraça

Antes do sorteio conversei com o sérvio Bora Milutinovic que, sempre com uma selecão diferente, esteve presente nas últimas copas do mundo. Perguntei sobre a possibilidade de um cruzamento entre Brasil e Sérvia e Montenegro na primeira fase, ele achou graça e não pipocou. Afirmou que o time do seu país é “bem qualificado” e que o Brasil “sempre tem problemas para conseguir vencer”.

• Felipão

Falei com um jornalista da Rádio Notícias de Portugal. Falamos sobre Felipão, a saída de Luxemburgo e sobre Anderson. Os jornalistas brasileiros não viram muita coisa do garoto gremista, mas sabem que se trata de um jovem talento, de excelente participacão no mundial sub-17 e que foi decisivo na volta do Grêmio à Primeira Divisão. A informacão deles é de que Anderson assina e se apresenta em janeiro no Porto.

• Sem neve

A sexta feira foi de sol em Leipzig. Um sol bem consistente, em se tratando do clima europeu. Perto do centro de imprensa, olhei para o céu e vi um avião passando com uma faixa. Logo pensei: “Eles estão fora”.

Mas não era isso, era uma faixa relativa ao sorteio dos grupos da Copa do Mundo.

• Felipão II

Os jornalistas portugueses elogiaram muito o trabalho do Murtosa, o auxiliar do Felipão.  Felipão dificilmente vai aos estádios. Quem faz o trabalho de observação
é o Murtosa. Os jornalistas destacaram também que Felipão teve um desentendimento com o pessoal da cidade do Porto e por isso não põe os pés no Estádio dos Dragões.

• Figuraça II

Luiz Felipe Scolari continua o mesmo. Cheguei pedindo uma entrevista e ele foi dizendo de cara: “Falar o quê? Sorteio é sorteio, não tem o que fazer. Tira uma bola, tira outras...”.

Mas aceitou falar, numa boa. Comecou zangado, com jeito de apressado, mas foi se soltando. Falou quase 20 minutos.

CLÉBER GRABAUSKA, ENVIADO ESPECIAL/LEIPZIG
 

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