O presidente Paulo Odone afirmou na tarde desta terça que ainda não definiu se irá ou não se afastar do cargo no segundo semestre para concorrer às eleições de outubro de 2006. O dirigente, que pode concorrer a deputado federal, voltou a se esquivar dos rumores de uma possível renúncia e colocou seu futuro no clube nas mãos do torcedor.

– Não sei de onde está saindo toda essa discussão. Ainda não tem nada definido. Estou aguardando a resposta do torcedor. Nessa hora todos têm de se unir, participando das promoções, dos sorteios e do quadro social, para garantir o futuro do Grêmio. Aí vamos estar todos juntos – afirmou Odone, que teme que o clube não tenha recursos para o futebol em 2006.

Caso seja aprovada, uma alteração no estatuto do clube poderá permitir que Odone só se afaste do cargo dois meses antes da eleição. Pelo atual estatuto, o dirigente precisaria se licenciar do cargo ao ter seu nome homologado na convenção de seu partido, o PPS. Como a convenção deverá ser realizada em junho, Odone teria que se afastar cinco meses antes do término de seu mandato.

Nesta quinta, a comissão de reforma estatutária, presidida pelo desembargador Genaro Borges, começará a analisar as propostas de conselheiros e associados. Duas delas são antagônicas. Uma sugere que o licenciamento ocorra antes mesmo da homologação da candidatura. Outra, que Odone não precise se licenciar.