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Olívio e Tarso participam do primeiro debate como pré-candidatos

Com o auditório Dante Barone da Assembléia Legislativa dividido entre simpatizantes do prefeito da Capital, Tarso Genro, à direita, e do governador Olívio Dutra, à esquerda, os pré-candidatos do PT ao Palácio Piratini se enfrentaram, na noite desta quarta-feira, dia 27, pela primeira vez, num debate organizado pelo diretório estadual do PT. Diante de um público estimado em cerca de 600 militantes, que lotou o auditório e o saguão da Assembléia, os pré-candidatos apresentaram propostas e responderam a questionamentos feitos pela platéia, em clima de cordialidade.

Os dois principais líderes do PT gaúcho iniciaram o encontro fundamentando suas candidaturas. Tarso abriu o debate dizendo que se lança candidato para desenvolver um governo baseado na pluralidade e democracia, sem exclusão de nenhuma corrente do partido. Olívio, por sua vez, ressaltou que pretende dar dinamismo a seu segundo mandato, reforçando ainda mais a pluralidade para reafirmar as conquistas do mandato da Frente Popular.

Na segunda parte do encontro, Olívio e Tarso dedicaram 15 minutos a expor tópicos de seus programas de governo. Tarso destacou como prioridade o combate à exclusão social no Estado, a articulação do Mercosul como resposta à política neoliberal e o fortalecimento das fronteiras do Estado. O prefeito defendeu que também não é só importante renegociar a dívida do Estado, mas transformar a figura do governador em interlocutor do Estado com o governo federal.

Olívio ressaltou que tem como meta manter o antagonismo ao governo federal, recondicionar recursos públicos para o desenvolvimento, combater a exclusão e incentivar as exportações.

No terceiro momento do debate, os dois pré-candidatos responderam a cinco perguntas dos militantes, escolhidas por sorteio. Tarso e Olívio concordaram sobre a inviabilidade de uma aliança com o PL e reforçaram a necessidade de ampliar a participação do Estado na tomada das decisões nacionais.

Rebatendo o prefeito da Capital, que reforçava em suas falas a necessidade de pluralismo dentro do governo, Olívio respondeu com a única provocação das quase duas horas de debate.

– O prefeito poderia ter sido o vice-governador do Rio Grande. Não somos um partido fechado ao diálogo – disse Olívio.

Ao encerrar suas participações, os dois principais líderes do PT gaúcho destacaram, em falas de três minutos cada, que o debate unificou o partido e preparou para o desenvolvimento das prévias.

O próximo dos cinco debates que antecederão as prévias do dia 17 de março ocorre em Caxias do Sul, no dia 7.

FERNANDA CRANCIO
Mauro Vieira / ZH

Clima foi de cordialidade durante o debate
Foto:  Mauro Vieira  /  ZH


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