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 | 21/11/2005 19h10min

Reale Jr. diz que impeachment pode ficar para o final das CPIs

Ex-ministro acredita que Lula estaria em corda bamba se estivesse em outro país

O ex-ministro da Justiça Miguel Reale Junior espera que as CPIs dos Bingos e dos Correios sejam encerradas em janeiro, quando poderá ser aberto um eventual processo de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na opinião do jurista, após a operação para evitar o prolongamento da comissão dos Bingos, Lula estaria na "corda bamba" se fosse presidente de qualquer outro país.

– Não se pode falar em impeachment agora porque as CPIs ainda estão em fase de apuração. Mas querer enterrar uma CPI que chegou até a origem ilícita do dinheiro, como o caso do Banco do Brasil e da Visanet, efetivamente é algo que pode ser enquadrado como falta de decoro do presidente – afirmou o ex-ministro.

Reale Junior se encontrou hoje com os relatores das CPIs em Brasilia, além dos parlamentares do movimento Pró-Congresso, para discutir medidas de combate à corrupção na política. Ele encabeça o movimento Da Indignação à Ação e, entre outras medidas, deve propor o fortalecimento da Justiça Eleitoral e a mudança da forma de prestação de contas dos candidatos majoritários.

Reale Junior afirmou ainda que as denúncias contra o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, são muito fortes, assim como as que pesam sobre o ex-ministro e deputado José Dirceu.

– Quanto a Palocci, são fatos muito graves, que envolvem seus principais assessores, sejam em Ribeirão Preto ou no Ministério da Fazenda. Essas pomposas negações gerais causam impacto na forma, mas não têm conteúdo. No caso de Dirceu, não houve lesão do estado de direito. Ele foi até o Supremo e foi atendido. O relatório feito pelo deputado Júlio Delgado é consistente – entende.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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