| 18/11/2005 20h13min
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou hoje que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, errou ao dar declarações sobre as divergências com a política econômica defendida pelo ministro da Fazenda, Antônio Palocci. Segundo Bernardo, é preciso minimizar a polêmica que se formou em torno da questão.
– Dentro do governo temos vários ministros cumprindo papéis diferentes e isso faz com que, uma hora ou outra, nós nos coloquemos sob pontos de vistas diferentes e até opostos. Porém, a pior alternativa é dar uma declaração ou uma entrevista expondo os diferentes pontos de vista entre ministros sem que o assunto esteja concluído – declarou.
Bernardo afirmou que as declarações feitas pela ministra foram mal interpretadas, porque "as pessoas não entendem todas as nuances do debate", gerando mal entendidos. No entanto, o ministro acredita que os debates dentro do governo são absolutamente salutares e naturais e, havendo desavenças entre
ministros, quem decide é o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao proferir uma palestra a estudantes de pós-graduação, Bernardo tranqüilizou o empresariado afirmando que ninguém no governo está trabalhando em propostas que causem mudanças no superávit fiscal. Bernardo disse que não há intenção alguma de se criar um superávit maior do que a meta que já está projetada de 4,25%.
– A idéia que estamos trabalhando, ainda de forma preliminar, é a de termos um plano que permita ao governo prever as suas despesas primárias a longo prazo e que permita uma maior flexibilidade orçamentária, traçando uma trajetória descendente tanto nas despesas como para a carga tributaria –afirmou.
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