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 | 14/11/2005 10h14min

Dólar abre em alta à espera de eventuais leilões do BC

Papéis brasileiros recuam e risco-país tem alta de dois pontos

O dólar à vista abriu em alta de 1,16% nesta segunda, cotado a R$ 2,186 na compra e R$ 2,188 na venda. No mercado de títulos da dívida externa, os papéis brasileiros recuam e o risco-país tem alta de dois pontos, para 349 pontos centesimais.

O "gap" de alta do dólar logo na abertura tem explicação: na sexta, o Banco Central anunciou que eventuais leilões de contratos de "swap" cambial não serão feitos somente às quartas, mas a qualquer dia da semana. O curioso é que esses leilões não acontecem desde março e alguns analistas já os julgavam extintas.

Nessa modalidade de leilão, o Banco Central vende contratos de "swap" (troca) e fica na posição "comprada". A operação é uma compra de dólares no mercado de derivativos. Oficialmente, a intenção do governo é reduzir suas dívidas em dólar, mas o efeito colateral dos leilões, teoricamente, é a alta do dólar. Com a mudança anunciada, o mercado acredita que os leilões serão retomados.

O dólar tem atualmente o seu menor valor em quatro anos e meio. Exportadores, como a Embraer, já apontam perdas expressivas em suas receitas por conta da desvalorização do dólar. O Banco Central vem promovendo leilões diários de compra da moeda no mercado à vista, mas a cotação não pára de cair. Segundo analistas, os juros altos e as posições "vendidas" dos bancos comprometem a recuperação da cotação.

Hoje, a previsão é de uma dia de pouco movimento devido à proximidade do feriado da Proclamação da República. O destaque do dia é o Boletim Focus do Banco Central. A pesquisa, realizada em cem instituições financeiras, mostra que o mercado aumentou de 5,33% para 5,52% a previsão para a inflação deste ano. Para 2006, a projeção para o IPCA permaneceu estável, em 4,60%.

AGÊNCIA O GLOBO

 

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