| 10/11/2005 16h10min
Os parlamentares que integram a CPI estão discutindo o parecer do sub-relator de Movimentação Financeira da CPI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR). A partir da análise da movimentação financeira das contas do empresário Marcos Valério de Souza, Fruet concluiu que não há relação entre os seis empréstimos e os repasses feitos pelo empresário às pessoas indicadas pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
Dos seis empréstimos, cinco deles têm como garantia os contratos de publicidade das empresas de Valério com órgãos públicos. O outro contrato usou aplicações em certificados de depósito bancário (CDB) no BMG como garantia para o pagamento.
Para o sub-relator, não cabe à CPI fazer o indiciamento dos acusados, mas sim sugerir essa medida à Polícia Federal e ao Ministério Público. Fruet afirmou que Marcos Valério e Delúbio Soares devem responder criminalmente por falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, fraude na lei de licitações, fraude contábil, tráfico de influência, crime contra a ordem tributária e crime contra a ordem financeira. De acordo com o deputado, Delúbio ainda terá que responder por crime eleitoral.
O sub-relator considerou a movimentação financeira de Marcos Valério extremamente complicada, pois muitas vezes os dados não fecham. Segundo Fruet, "ainda há muito a ser investigado", pois é a primeira vez que há repasse de dinheiro para partido do governo por meio de um esquema desse tipo.
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