O depoimento de uma misteriosa testemunha-chave pode definir nos próximos dias o destino de Figueirense e Caxias, envolvidos numa batalha jurídica e política pelo acesso à Série A do Campeonato Brasileiro. O auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) responsável pelo caso, Marcos Basílio, afirmou que só entrega seu relatório após ouvir as declarações de uma pessoa, cujo nome não foi revelado, considerada fundamental no processo.

Segundo informações de bastidores obtidas na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), este personagem teria presenciado o diálogo entre o árbitro Alfredo dos Santos Loebeling e o ex-presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Armando Marques, a respeito da súmula da partida entre Figueirense e Caxias, em Florianópolis, quando a torcida alvinegra invadiu o gramado antes do encerramento do jogo. Loebeling afirmou que foi pressionado por Marques a escrever na súmula que a partida já havia terminado. Ambos foram afastados.

Nesta segunda-feira, havia a expectativa de que o presidente do STJD, Sérgio Luís Sveiter, se pronunciaria a respeito do andamento do caso. Na realidade, tudo nas mãos de Basílio. Enquanto o auditor não entregar o relatório à Procuradoria para ir a julgamento, o que só deve ocorrer na próxima semana, nenhuma novidade deve surgir.