Oktoberfest 2008 | 24/10/2008 10h44min
Você sabe as diferenças entre a Oktoberfest de Blumenau e a de Munique? O Oktoberzeitung, caderno especial do Jornal de Santa Catarina que fala sobre a festa, não foi à Alemanha, mas aproveitou a presença das bandas de lá para fazer a comparação.
Conversamos com os músicos das bandas Deggendorfer Stadl, Musikkapelle Chieming, Mühlhäuser Blechblasn, Cagey Strings e Exxtra Musik, que dividiram as impressões sobre a festa. A principal conclusão foi a seguinte: a Oktober alemã pode até ser maior, mas o público que freqüenta a festa blumenauense é muito mais animado.
Confira a entrevista com os músicos:
Georg Angerer, 44 anos, coordenador e músico da Cagey Strings
O que as duas Oktoberfests têm em comum?
- Nos dois lugares as pessoas vão para tomar cerveja e fazer festa.
O que a nossa tem que a de lá não
tem?
- Não que lá não tenha, mas aqui as pessoas são muito mais alegres e animadas.
Qual
a principal diferença?
- A postura das pessoas. Na Alemanha, todos ficam sentados. Aqui, a maioria está em pé.
O que podemos aprender com a festa de vocês?
- A qualidade da cerveja alemã poderia ser copiada. Música boa Blumenau já tem.
Blumenau é a Alemanha brasileira?
- Achei que fosse mais germânica. Não tenho sensação de estar na Alemanha. Sinto que estou mesmo no Brasil.
Reinhold Warmer, 44 anos, coordenador, baterista e cantor da Exxtra Musik.
O que as duas Oktoberfests têm em comum?
- A animação é praticamente a mesma, apesar de Munique ter um público muito maior.
O que a nossa tem que a de lá não tem?
- A festa aqui é mais bonita. O público participa mais.
Qual a principal diferença?
- A
diferença é que o mundo inteiro se encontra em Munique. Lá tem gente de todos os lugares, como japoneses, americanos, europeus. Aqui são mais brasileiros.
O que podemos aprender
com a festa de vocês?
- Poderia haver mais espaço. Na Alemanha há uma grandes estrutura em volta do parque e isso atrai as pessoas.
Blumenau é a Alemanha brasileira?
- Sem dúvida. Estou no Brasil, mas me sinto muito diferente do que se estivesse no Rio de Janeiro. Parece que estou numa cidade alemã.
Georg Mirwald, 52 anos, coordenador e maestro da Deggendorfer Stad´l
O que as duas Oktoberfests têm em comum?
- As músicas. As que são tocadas aqui são tocadas lá também.
O que a nossa tem que a de lá não tem?
- Circulação e pista de dança. Lá as pessoas vibram no lugar. Aqui temos de tocar de forma ininterrupta. Na Alemanha fizemos intervalos porque as pessoas querem minutos de silêncio para poder conversar com os amigos na mesa.
Qual a principal
diferença?
- Lá todos os dias têm muita gente. Aqui o movimento maior é o fim de semana.
O que podemos aprender com a festa de vocês?
-
Acho que não deveriam copiar o modelo de lá. Cada um tem sua característica e funciona bem nesse sistema.
Blumenau é a Alemanha brasileira?
- Sim. Toda região lembra muito a paisagem da Alemanha. É uma alegria viajar tão longe e encontrar pessoas que preservam tradições.
Manfred Vollmuth, 46 anos, organizador e músico da Mühlhäuser Blechblas´n.
O que as duas Oktoberfests têm em comum?
- Muito povo. Nas duas festas há muita gente, de todos os lugares.
O que a nossa tem que a de lá não tem?
- Tem mais alegria aqui. O ritmo é bem diferente.
Qual a principal diferença?
- Na Alemanha as pessoas comem mais. Aqui fazem mais festa.
O que podemos aprender com a festa de vocês?
- Tem tudo aqui. Não falta nada para ser uma
boa festa.
Blumenau é a Alemanha brasileira?
- Sim, é uma cidade alemã. Nos sentimos em casa aqui.
Peter Schroll, 50 anos, líder e
músico da Musikkapelle Chieming.
O que as duas Oktoberfests têm em comum?
- Nos dois lugares se toma muita cerveja. São duas grandes festas.
O que a nossa tem que a de lá não tem?
- Muitos jovens. O temperamento das pessoas aqui também é diferente. É mais fácil animar o público no Brasil.
Qual a principal diferença?
- Não sei. Ah, ainda não vi boi assado inteiro. Lá tem bastante. Também tem a questão do preço da cerveja, que aqui é mais barata. Na Alemanha, além de ser mais cara, é vendida por litro. O litro custa 8 euros (cerca de R$22). Se aqui fosse em litro, sairia por pouco mais de 3 euros (quase R$10).
O que podemos aprender com a festa de vocês?
- Talvez na questão dos ingressos. Em Munique não há cobrança e tem muito mais gente na festa.
Blumenau é a Alemanha
brasileira?
- Sem dúvida. Nossa banda vem pra cá e não se sente desambientada. É uma cidade alemã na arquitetura e nas pessoas.
JORNAL DE SANTA CATARINA
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