| 21/03/2011 11h35min
Após bombardear Trípoli na madrugada desta segunda-feira, a coalizão internacional na Líbia tenta agora cortar as linhas de abastecimento das tropas leais a Muamar Kadafi. Novos bombardeios aéreos e disparos de mísseis Tomahawk foram registrados — em aplicação a uma resolução da ONU que ordena o fim dos ataques das tropas de Kadafi contra a população civil nas zonas sob controle rebelde.
Confira os acontecimentos desta segunda-feira:
22h52 — Conselho de Segurança da ONU nega pedido da Líbia para reunião de emergência.
21h — Coalizão aumenta zona de exclusão de voos sobre a Líbia. A zona agora cobrirá cerca de mil quilômetros, disse um oficial americano em coletiva do pentágono.
20h — Governo brasileiro, por meio de nota divulgada pelo Itamaraty, pede cessar-fogo efetivo no país, "no mais breve prazo possível".
19h46min — Porta-voz do governo líbio anuncia que a coalizão internacional bombardeou a cidade de Sabha, 750 km ao sul da capital Trípoli, feudo da tribo Guededfa, do coronel Muamar Kadafi.
18h32min — Testemunhas informam que uma base da Marinha líbia situada 10 km a leste de Trípoli teria sido bombardeada, pois o local estava em chamas. A base naval teria sido atingida pouco depois das 19h GMT (16h de Brasília).
16h45min — Fortes explosões seguidas de disparos da defesa antiaérea foram ouvidos perto da residência do líder líbio Muamar Kadhafi nesta segunda-feira em Trípoli, segundo informações da agência de notícias AFP.
16h12min — Em discurso no Chile, o presidente americano, Barack Obama, afirma que os Estados Unidos vão transferir para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) o comando das ações militares na Líbia nos próximos dias.
15h12min — Porta-voz dos rebeldes informa que pelo menos 40 pessoas morreram nesta segunda-feira e mais de 300 ficaram feridas, vítimas de tiros disparados pelas forças leais ao dirigente líbio Muamar Kadafi, em Misrata, a leste de Trípoli.
12h20min — O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, afirma que a Otan está disposta a apoiar a intervenção da coalizão internacional na Líbia em alguns dias.
11h40min — Irã condena a intervenção militar na Líbia feita pelos países ocidentais, que buscam "se apoderar do petróleo".
11h — Regime líbio acusa a coalizão internacional e os rebeldes de violar um cessar-fogo reiterado no domingo à noite pelas forças militares do coronel Kadafi.
10h20min — Quatro jornalistas do New York Times detidos na Líbia são libertados e entregues à embaixada da Turquia em Trípoli.
9h50min — Ministros europeus das Relações Exteriores aprovam novas sanções contra instituições financeiras líbias e membros do governo do país.
9h15min — O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, declara que a resolução 1973 da ONU — que autorizou o uso da força para proteger os civis na Líbia — recorda as "convocações às cruzadas".
8h — O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon afirma que a comunidade internacional deve falar com apenas uma voz sobre a Líbia.
7h — Itália nega que a coalizão internacional execute uma "guerra" contra a Líbia.
6h56min — Quase 50 partidários de Kadafi cercam o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na Praça Tahrir do Cairo e o forçam a abandonar o local e buscar refúgio na sede da Liga Árabe, próxima do simbólico local da revolta contra o ex-presidente Hosni Mubarak.
>> Confira a cronologia dos ataques no domingo
>> Confira a cronologia dos ataques no sábado
O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, não descartou que Kadafi possa estar no alvo dos mísseis ocidentais. Um alto funcionário da coalizão afirmou que o ataque contra o edifício da residência do ditador no domingo destruiu a "capacidade de comando e controle" do ditador líbio.
— A coalizão está aplicando ativamente a UNSCR (Resolução do Conselho de Segurança da ONU) 1973 e, de acordo com esta missão, continuamos os ataques contra objetivos que representam uma ameaça direta ao povo líbio e a nossa capacidade de implementar a zona de exclusão aérea — disse a fonte, que pediu anonimato.
Estados Unidos, França e Grã-Bretanha iniciaram os bombardeios no sábado, em aplicação à resolução da ONU. Esta é a maior operação de países ocidentais no mundo árabe desde a invasão do Iraque por uma coalizão liderada pelos EUA em 2003.
Kadafi, 68 anos, no poder desde 1969, se mostrou desafiante e previu "uma longa guerra" no Mediterrâneo. O regime líbio afirmou que os ataques da coalizão mataram dezenas de civis, mas o porta-voz do Pentágono negou a informação.
A intervenção militar era desejada pela oposição Líbia, sobretudo depois que nos últimos dias as forças governamentais tomaram o controle de vários redutos insurgentes com ataques aéreos e tiros de foguetes.
Confira o especial "Guerra na Líbia":
Veja mapa da região dos ataques:
Visualizar Caça da França faz primeiro disparo contra veículo pró-Kadafi na Líbia, diz porta-voz em um mapa maior
Rebeldes líbios tentaram, sem sucesso, tomar a cidade de Ajdabiya das torpas de Kadafi nesta segunda-feira
Foto:
Patrick Baz
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AFP
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